Cabaça e chuva de Obatalá
Na raiz nasce orixá
Surge a vida feito flor
Nas águas e sob os olhos de Olorun
Ayeieo, Mamãe Oxum
A sagrada Yawó
É Mojubá quem faz o meu caminhar
Kosi Ewe macera a vida no pilão
Cabeça feita, tabuleiro de Ifá
No abebê reflete toda proteção
É do ayê, saluba mãe buruquê
A velha mandinga da criação
Se da lama nasce a alma
Na lama vai padecer
O homem que deve ao mundo o perdão
Oooô o panteão do grande Ayê incorporou
O pó sagrado espalhado em todo Orun
Abençoadas são as asas por Oxum
Aos quatros cantos ciscam seus preceitos
Hoje a lembrança é guardada e quer respeito
Resiste em luta a essência imortal
Resiste a gira, Tradição Imperial
Batuquejê no meu ilê, o branco manto
Gira yawo, vem pra saudar a mãe de santo
Reflete o ouro da yabá nesse terreiro
Deixa girar que o meu samba é mandingueiro